Encenadora, professora e atriz, formou-se em Filosofia, tem o Curso Superior de Teatro do Conservatório Nacional e obteve o grau de Mestrado em Theater Arts na Universidade do Minnesota nos Estados Unidos. Doutorou-se em 2015 pela Universidade do Algarve com a tese A Renovação Permanente: uma investigação sobre a Arte do Ator.
Nos Estados Unidos encenou The Nightwatch de Botho Strauss, e Suppressed Desires de Susan Glaspell. De regresso a Portugal encena, em 1991, Nunca Nada de Ninguém de Luísa Costa Gomes, no auditório do ACARTE da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1995 Grande e pequeno, de Botho Strauss, no Teatro da Trindade e em 1996 A Última Jogada de Samuel Beckett, de novo no ACARTE. Em 1997, de regresso aos Estados Unidos, co-encena com Jean-Marie Apostolidès George Dandin de Molière. Em 1998 encena Geografia & Peças de Gertrude Stein na Culturgest e, em 2001, O Romper do Dia de Timberlake Wertenbaker no Teatro da Trindade.
Em 2002, no âmbito do Workshop International Festival em Londres, dirige um workshop a partir de O Livro do Desassossego de Bernardo Soares e, na sequência deste trabalho, apresentou em 2003 uma Performance/Instalação na Menier’s Factory em Londres. Em 2004 encena Vanessa vai à Luta de Luísa Costa Gomes e, em 2005, Um Filho, da mesma autora. Em 2006, dirige o espetáculo D’Abalada (Criação Coletiva) e em 2007 A Fedra de Racine no Teatro Maria Matos. Em outubro de 2007 estreia, no âmbito do Festival Temps d’Images, a peça Da Boca para Dentro um espetáculo multimédia baseado nas filmagens de Richard Foreman com textos de Luísa Costa Gomes para o Bridge Project.
Em 2008 dirige o projeto Molière! Molière! Modo de Usar no Teatro S. Luiz – um projeto de leituras encenadas e ensaios abertos de O Misantropo e o O Burguês Fidalgo de Molière.
Em 2009, leva a cena O Misantropo no Palácio do Marquês de Tancos em Lisboa e, em 2011, Dias a fio de Luísa Costa Gomes, no Teatro S. Luiz.
Em 2004 funda em conjunto com Miguel Abreu e a produtora Cassefaz, o Centro Internacional de Teatro (CIT) organizando desde então vários workshops internacionais, com orientação de Bruce Myers, Lee Breuer e Polina Klimovitskaya, Richard Foreman, Thomas Richards entre outros, tendo como objetivo a criação e o intercâmbio artístico internacionais.
Desde 2007, que leciona como professora auxiliar convidada no Departamento de Artes Cénicas da Universidade de Évora; em 2008 é convidada a integrar, como membro, o Centro de História de Arte e Investigação Artística (CHAIA) da UÉ, onde desenvolve o projecto O Ator Permanente em parceria com o Centro Internacional de Teatro, a Escola Superior de Teatro e Cinema, e o centro de investigação da Universidade de Algarve.
Desde 2015 além da sua atividade docente, tem vindo a desenvolver o projeto de investigação no âmbito do CHAIA: ‘Performance, Património e Comunidade’ em colaboração com a Professora Isabel Bezelga.
Em 2017, foi nomeada Diretora do Departamento de Artes Cénicas da Universidade de Évora.